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Sumario: São inúmeros os desafíos que se impõem a quem se dá o trabalho de resenhar os Diários Indios de Darcy Ribeiro para um periódico especializado de antropologia. O primeiro deles diz respeito ao próprio estatuto de antropólogo conferido ao autor, o que não é ponto pacífico no campo. Diz-se com freqüência de Darcy, recordou Gerardo Mello Mourão após a sua morte, que ele não possuía títulos acadêmicos, nem mesmo grau superior, «que era homem de evidentes déficits culturais, de formação assistemática e de poucas leituras sérias, conhecendo apenas precária e superficialmente as obras fundamentais do pensamento e da literatura universal» (Mourão 1997: 3). Formado na Escola Livre de Sociologia e Política, em São Paulo, na década de 40, quando inexistia no Brasil formação específica em Antropologia (que Darcy, aliás, colaborou para instituir), e tendo desenvolvido as suas pesquisas de campo junto a sociedades indígenas na condição de funcionário do órgão estatal de tutela dos índios, o SPI (Serviço de Proteção aos índios), há quem conteste o estatuto antropológico à sua obra. Entre os que não contestam, contudo, é comum dizer de Darcy que ele deixou de ser antropólogo e fazer antropologia na década de 1950.

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