Sumario: |
O Modernismo brasileiro foi o cenário que permitiu emergir o Manifesto Antropófago, cujo objetivo era retomar as tradições de tribos indígenas antropofágicas – que se alimentavam da carne de guerreiros para adquirir suas qualidades – permitindo diálogos metafóricos com o âmbito artístico, pois insere a ideia de que, se fossem “deglutidas” as informações culturais estrangeiras, suas qualidades poderiam ser assimiladas ao contexto nacional, numa perspectiva da produção artística nacionalista, que, até então, se limitava como uma reconstrução (reflexo) de tudo o que produzia a Europa. Este trabalho recorre ao método teórico-biobibliográfico de pesquisa, analisando as correlações entre determinantes conceituais que embasam a discussão da literatura em Oswald de Andrade, em especial as projeções de Schwartz (2008), acerca da Semana de Arte Moderna, além das referências à biografia presentes em Andrade (2013) e Fonseca (2007). Para uma análise semiótica (interpretativa dos elementos simbólicos textuais), as orientações de Kristeva (1974) foram delineadoras. Em seguida, desempenhou-se, neste artigo, uma análise do Manifesto Antropófago desde o seu contexto influenciador, o Modernismo, perpassando pela representatividade do elemento indígena, por análise dos diálogos textuais e teóricos dos quais Oswald se valeu para sistematizar sua antropofagia, além de reiterações acerca dos conteúdos implícitos existentes no Manifesto,com intuito de permitir ao leitor olhá-lo além das entrelinhas, tendo em vista sua escrita irônica e sintética. Palavras-chave:Oswald de Andrade. Manifesto Antropófago. Intertextualidade. |
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