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Este estudo tem por objetivo refletir sobre os vínculos entre o gênero etnoficcional e a definição de grupos identitários. Neste sentido, trata-se de questionar as representações do indígena que surgem de certas práticas etnoficcionais hispano- americanas contemporâneas entendidas como posicionamentos estéticos, culturais e políticos. De fato, paralelamente ao intuito de dar voz ao indígena e de valorizar seu patrimônio cultural, a etnoficção oferece também reflexos de sistemas axiológicos alheios ao mundo indígena. Esses se repercutem na configuração identitária dos sujeitos culturais retratados. Tal fenômeno de projeção tende a deformar o referente indígena, como aparece no estudo comparativo realizado a partir de dois romances mexicanos:Oficio de tinieblasde Rosario Castellanos (1962) eMuertos incómodosde Taibo II e do subcomandante Marcos (2005). |
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