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Motivado pelos efeitos polÃticos decorrentes da adoção do termo «remanescentes» na legislação relativa a grupos indÃgenas e negros rurais, assim como baseado em literatura histórica e etnográfica, este artigo discute os limites analÃticos e teóricos da polarização, corrente na literatura de ciências sociais no Brasil, entre os classificadores «raça» e «etnia». Analisa a convergência temática e conceitual de estudos recentes baseados nesses dois classificadores e relativiza a consistência dessa repartição em várias situações sociais documentadas, para propor a idéia de «plasticidade identitária». Esta idéia serve de base a uma reflexão sobre a estreita relação entre produção cientÃfica, criação jurÃdica e ação polÃtica, levando à sugestão de se pensar as situações vividas por aquelas comunidades chamadas «remanescentes» em termos de emergência étnica e invenção cultural. |
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