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Este trabalho revisa a literatura sobre crescimento fÃsico de populações indÃgenas do Brasil. Os estudos voltados para caracterização do estado nutricional através da antropometria são relativamente recentes e, ainda, não chegam a prover um quadro claro da situação. Quando comparadas com crianças brasileiras ou com populações-referência internacionais (NCHS), as indÃgenas são em média de menor estatura e peso, ainda que mantenham a proporcionalidade corporal, avaliada pelo indicador ‘peso para estatura’. Estes resultados podem ser interpretados como evidência de altas freqüências de desnutrição energética-protéico crônica. Pelo menos para alguns grupos, dados oriundos de inquéritos de saúde provêem evidências favoráveis à existência de condições nutricionais marginais. É indicado, contudo, que curvas de referências internacionais talvez não sejam adequadas para avaliar o crescimento fÃsico de populações especÃficas, incluindo as crianças indÃgenas brasileiras. Chama-se atenção, também, para o fato de que mudanças nas práticas tradicionais de subsistência e nas condições de saúde devido ao processo aculturativo podem contribuir para a deterioração do estado de nutrição das populações indÃgenas. |
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