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Este estudo tem como objetivo empreender uma revisão sistemática da literatura, no período de 1997 a 2008, sobre o processo de construção de problemas em currículos médicos orientados pela Aprendizagem Baseada em Problemas. O referencial teórico abrangeu a aprendizagem baseada em problemas e o processo da construção de problemas. No âmbito metodológico, a pesquisa envolveu a busca dos artigos nas bases de dados ERIC, MEDLINE e SciELO. Os artigos foram selecionados a partir dos seguintes critérios: 1-terem sido publicados nas bases de dados citadas; 2-terem sido publicados no período de 1997 a 2008; 3-referirem-se exclusivamente a cursos médicos que assumam a ABP como principal orientador curricular; 4-assumirem como tema a construção de problemas, estando essa expressão no título e/ou descritores identificadores, e/ou resumo. Foram encontrados 5861 artigos de acordo com a combinação dos seguintes descritores: Problem-Based Learning, PBL, Problem Sets, Problem-Solving, Medical Education, Problem-Construction, Case Design, Build-a-case, Build-a-Problem. Desses artigos, somente 20 se encontravam dentro dos critérios pré-estabelecidos. Esses 20 artigos foram analisados quanto ao país em que foram produzidos, a concentração da produção por periódico, a abordagem da pesquisa e a temática abordada. A análise possibilitou identificar 4 grupos de temáticas abordadas: concepções sobre problemas, critérios e princípios para a construção de problemas, formatos dos problemas e conteúdos e temas dos problemas na ABP. Apreendem-se como principais aspectos que definem um “bom problema”: – valorizar o conhecimento prévio, os conteúdos de ciências básicas, os temas de saúde pública e da medicina preventiva, a integralidade, a saúde do idoso e não somente as doenças agudas, mas também as doenças crônicas e as perspectivas culturais dos povos rurais e indígenas conforme região geográfica da escola; – estimular o pensamento e o raciocínio; – valorizar a relevância dos temas e a aprendizagem autodirigida; – despertar a curiosidade e a compreensão contextual; – alcançar os objetivos de aprendizagem da escola; – usar um vocabulário apropriado; – oferecer imagens gatilho; – apresentar-se em formatações verbais e não-verbais; – ser personalizado (com biografia detalhada); – estar relacionado a ações; – ter o potencial para mudança de comportamento; – apresentar nível adequado de complexidade e estruturação; – assegurar que os temas leves (psicológicos e sociais) não sejam dominados pela ciência biomédica. |
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