Sumario: |
Na década de 1970, o mundo passava por mudanças bastante significativas em termos culturais, especialmente devido à da ascensão da contracultura e de outros movimentos sociais que emergiam no complexo cenário pós-guerra da América do Norte. O sujeito norte-americano experimentava a possibilidade de engajar-se politicamente para oferecer um direcionamento diferente ao seu universo. Da mesma maneira, o indivíduo poderia optar pelo escapismo e pela construção de uma narrativa que o distanciasse dos problemas e os projetasse em Outro. Assim, a partir da observação da relação do sujeito eurocêntrico com a natureza selvagem e com o espaço do Outro, representados no romance Gone Indian (1973), de Robert Kroetsch, serão analisadas características que possam evidenciar a maneira pela qual o subtexto do silêncio e sua construção na narrativa subvertem as narrativas tradicionais e oferecem a possibilidade de uma leitura plural da história oficial a partir de fragmentos de estórias. Com base nas teorias propostas pelos Estudos Culturais e em teóricos como Gayatri Spivak, Homi K. Bhabha, Bill Ashcroft, Margaret Atwood, e outros, a análise tem como foco principal o discurso das personagens Jeremy Sadness e Mark Madham, ou ainda a ausência do discurso na figura da própria imensidão branca. |
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