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Resumo: Objetivou-se analisar a presença dos serviços de saneamento básico em domicÃlios com crianças de até cinco anos de idade, localizados em áreas urbanas do Brasil, com foco nos indÃgenas. Trata-se de um estudo transversal com base na amostra do Censo Demográfico de 2010. Calcularam-se as frequências de domicÃlios com abastecimento de água (rede geral), esgotamento sanitário (rede geral ou fossa séptica) e coleta de lixo (diretamente ou por caçamba do serviço público de limpeza). Modelos de regressão logÃstica múltipla (RLM) estimaram a associação entre cor/raça e presença dos serviços por meio das razões de chance (RC). Foram consideradas as áreas urbanas e regiões metropolitanas do paÃs, estratificando os resultados por região. Utilizou-se nÃvel de significância de 5%. As menores frequências foram encontradas para esgotamento sanitário e, em geral, para os indÃgenas. Nas análises de RLM foram 29 comparações (48,3%) em que os domicÃlios com crianças indÃgenas, quando comparados à s outras categorias de cor/raça, encontram-se em desvantagem, em especial no Sul, onde todas as comparações foram negativas para os indÃgenas. Resultados semelhantes foram encontrados para as regiões metropolitanas. Nesse sentido, os resultados coligidos por este trabalho sugerem a possÃvel existência de iniquidades relacionadas à presença dos serviços de saneamento básico e cor/raça dos indivÃduos, em que os indÃgenas, em geral, ocupam posição de desvantagem, particularmente no Sul do paÃs. Diante da relação entre saneamento e saúde já estabelecida na literatura, esses resultados podem explicar, em parte, os baixos nÃveis de saúde apresentados por crianças indÃgenas no Brasil. |
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