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Estuda grupos étnicos de Antioquia, Colômbia, como resultado de uma pesquisa de 15 anos na região. Observamos que alguns grupos étnicos apresentam, neste perÃodo de 15 anos, um expressivo crescimento da fecundidade. Em particular, o grupo eyabida apresenta fecundidade extremamente elevada, próxima, em determinados grupos etários, aos nÃveis de fecundidade marital das Hutteritas, uma seita dos Estados Unidos e Canadá, tendo um bom registro e matrimônio universal (Coale, 1967), grupo de referência na literatura internacional, posto que apresenta a fecundidade mais alta registrada historicamente no mundo, por caracterÃsticas culturais peculiares. Este fato nos levou a estudar a relação entre reprodução demográfica e reprodução simbólica e cultural, já que percebemos no decorrer desta tese, que sobrevivência e pervivência são conceitos estreitamente articulados e não podem ser estudados como fenômenos pontuais e isolados. Nossa pergunta foi: como explicar a elevação da fecundidade à luz da reprodução demográfica e da reprodução simbólica e cultural? Será suficiente o conceito de estresse reprodutivo para explicar este fenômeno? As condições em que vivem os indÃgenas são adversas, agravadas pelo conflito que o paÃs vive. Possuem um sentido de homeostase, na tentativa de manter um equilÃbrio, embora seja instável, na relação homem/cultura/natureza. Os dois padrões, de fecundidade alta e relativamente baixa, manifestam-se em contextos sociais diversos. Existem ações e práticas de sobrevivência que têm relação com a sobrevivência fÃsica e de pervivência que dizem respeito à persistência cultural e social. |
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