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Resumo Este artigo procura esboçar alguns elementos para a caracterização do que sugerimos chamar de uma “política da consideração” pertinente às formas de ação e organização dos coletivos indígenas nas terras baixas da América do Sul. Trata-se de analisar a relação entre duas ideias de inspiração stratherniana, mas muito presentes nas etnografias produzidas na região: a) toda ação significativa poderia ser explicada, compreendida ou justificada como envolvendo a separação entre uma pessoa que age e uma outra pessoa tomada como a causa da ação; e b) ser reconhecido como pessoa, ou ocupar o lugar de um agente moral, implica estar sob a consideração de uma outra pessoa. A partir destas duas ideias, procuramos ainda revisitar alguns temas já clássicos para a literatura etnológica sobre os povos amazônicos, a saber: a relação entre o poder e a coerção e o tema dos mestres-donos. |
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