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Este trabalho consiste no estudo dos romances Slash (1985), da escritora okanagan Jeannette Armstrong, e Mean Spirit (1990), da chickasaw Linda Hogan, e busca examinar de que forma as autoras ficcionalizaram, nas suas obras, certos acontecimentos da história dos povos ameríndios no século XX, como os que envolveram a militância política que se fortaleceu a partir dos anos 60 na América do Norte e os assassinatos de membros da nação Osage na década de 1920. Para tanto, recorri ao conceito de metaficção historiográfica proposto por Linda Hutcheon (1988, 1989) e aos estudos em memória de Anh Hua (2005), Maurice Halbwachs (2006), Márcio Seligmann-Silva (2008), Marianne Hirsch (2008) e Aleida Assmann (2011). Considerando as obras de Armstrong e Hogan como espaços de enunciação de uma resistência cultural que vai além dos limites tribais, optei por adotar uma perspectiva cosmopolita tal qual sustentada por Arnold Krupat (2002), e que se apoia nas teorias póscoloniais segundo Mary Louise Pratt (1999), Homi Bhabha (2013), Ella Shohat (1996), Stuart Hall (2003), Kwame Anthony Appiah (1997) e Liane Schneider (2002, 2008). Ademais, foram de suma importância os diálogos com alguns nomes da crítica indígena como Graça Graúna (2013), Michael Dorris (1979), Craig S. Womack (1999), Louis Owens (1922), Simon Ortiz (2001), Winona Stevenson (1998), Paula Gunn Allen (1992) e Robert Warrior (2014). Intentei, assim, verificar como a resistência ameríndia toma corpo na escrita de Armstrong e Hogan, que constroem narrativas artisticamente complexas e de imensa relevância política. |
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