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O presente artigo apresenta uma reflexão sobre o modo como são construÃdas representações de Ãndio nas obras de ficção infantil que circularam de forma expressiva entre 1945-1965, considerado o terceiro perÃodo histórico da literatura infantil brasileira. O corpus da análise é composto por seis romances infantis nos quais o Ãndio figura como protagonista ou como importante personagem, a saber: As aventuras de Tibicuera, de Érico VerÃssimo (1937); A bandeira das Esmeraldas (1945), de Viriato Corrêa; Expedição aos MartÃrios (1952) e Volta à Serra Misteriosa (1954), de Francisco Marins; Curumi, o menino selvagem (1956), de Jeronimo Monteiro; Curumim sem nome (1960), de Balthazar de Gadoy Moreira. A partir das análises, concluiu-se que o Ãndio é representado de forma dicotômica nessas obras: de um lado, é um bom selvagem, convertido ao cristianismo, que presta auxÃlio ao homem branco e está integrado harmonicamente à natureza; de outro lado, é um canibal perigoso e violento, cuja natureza selvagem precisa ser domesticada. As principais referências literárias para a construção dessa dicotomia são buscadas, pelos autores desse perÃodo, no cânone da Literatura Brasileira endereçada aos adultos.  Palavras-chave: Literatura infantil. Representação de Ãndios. Indianismo. Estudos Culturais. |
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