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Esta tese estuda as estâncias missioneiras da Banda Oriental do Rio Uruguai na primeira metade do século XVIII. O trabalho investiga as articulações que elas mantiveram com suas respectivas reduções e também com outros atores sociais daquele espaço. As estâncias foram, em boa medida, responsáveis pelo sustento das reduções, uma vez que a criação de gado foi essencial à alimentação de suas populações, situação que as tornava diretamente responsáveis pela viabilidade das missões. Por isso, ao falar em espaço missioneiro, é preciso considerar tais áreas não “urbanas” como parte importante a que se refere. As estâncias apresentavam, entre suas estruturas, postos com currais, ranchos, galpões e capelas, sendo habitadas por um número de indígenas que variava durante o ano. Considerando isso, o texto aborda as dinâmicas de sua formação e organização, os trabalhos e trabalhadores que faziam parte de sua rotina, bem como as relações que, a partir delas, se estabeleciam com grupos de indígenas não reduzidos, colonos espanhóis e portugueses. Interessa ainda os litígios em que se envolveram as estâncias entre si e com os povoados missioneiros, bem como a forma como estes casos eram resolvidos. Esse estudo se baseou na leitura da literatura de referência e na análise intensiva de um conjunto variado de fontes jesuíticas tais como: memoriais, diários de padres, pareceres, cartas, processos de litígios, crônicas e mapas. Ao lado delas, foram consultados documentos procedentes da administração espanhola e diários dos administradores que assumiram os pueblos após a expulsão dos jesuítas. Por meio desse material, a tese busca elucidar a importância alcançada pelas estâncias, uma vez que se constituem como uma parte essencial da própria redução. |
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