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RESUMO Este trabalho tem por objetivo fazer uma leitura crítica da construção da identidade nacional representada no livro Macunaíma: o herói sem nenhum caráter com foco no elemento indígena como matriz do processo de miscigenação cultural. Na tentativa de redescobrir o Brasil e suas origens, o livro do escritor modernista Mário de Andrade mimetiza e satiriza aspectos que entende centrais na brasilidade. Ele faz uma representação do indígena como componente do mestiço brasileiro, e promove a deglutição da cultura estrangeira como resistência da identidade nacional. Para a análise, atualiza-se pelo materialismo histórico e dialético o conceito de identidade e que permite depreender da obra – que mesmo em ruptura com o eurocentrismo e o engessamento estético, presentes principalmente na linguagem utilizada – persistem traços de uma visão burguesa e metafísica que trata o indígena como o Outro, evidenciando um paradigma de encontro e representação do primitivo, presentes em grande parte da produção literária no Brasil. Palavras-chave: Literatura brasileira. Modernismo. Identidade nacional. Macunaíma. Indígena. |
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