Sumario: |
Essa dissertação tem por objetivo fazer um estudo sobre a representação indígena, relacionando-os ao discurso da Nação. Nesse sentido, procurou-se evidenciar como essas representações, instituídas em nossa memória cultural, foram apreendidas em momentos e textos diferenciados. O século XIX aparece como ponto de partida para o estudo das transformações ocorridas na representação indígena durante o século XX, uma vez que apresenta dois modelos distintos de representação, o atinente ao Romantismo e o presente nos textos de viajantes, naturalistas e cientistas. Os anos 20 e 30 do séc. XX constituem um outro momento de intenso debate sobre o projeto da nação incidindo sobre o contexto cultural. Macunaína e Casa grande & Senzala mostram diferentes acepções de nação, relando representações do indígena, à luz do Modernismo e do Regionalismo, respectivamente. Nos anos 60, 70, durante a disputa ideológica entre a direita e a esquerda, a representação indígena foi retomada no contexto da discussão sobre o modelo autoritário de Estado-Nação. Em Maíra, é mostrado o olhar do índio sobre a nação e ainda é revelada a perspectiva do ethos tribal. Nos anos 90, vive-se um momento de reafirmação étnica, período em que o ponto de vista indígena surge, relacionado e à autoria, como em Ore awé roiru a’ma de Kaká Werá Jecupé, narrativa que aponta para locus de enunciação ambivalente, propicio à reflexão sobre a nação e ou nações. |
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