Sumario: |
observa-se um progressivo aumento no número de artigos cientÃficos relacionados ao tema nas últimas décadas. A maioria das publicações resulta de pesquisas realizadas com comunidades localizadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Mesmo que geograficamente circunscritas, é possÃvel observar que as crianças indÃgenas apresentam um perfil de saúde e nutrição desfavorável quando comparadas à s não-indÃgenas. Oobjetivo desta dissertação foi avaliar, de forma crÃtica e sistematizada, a produção cientÃfica, sob a forma de artigos, que abordam o estado nutricional de crianças indÃgenas no Brasil. A partir de pesquisa sistemática em bases bibliográficas SCOPUS, LILACS, ISI e MEDLINE foram localizados 31 artigos e avaliados 29, todos publicados entre os anos de 1974 e 2007. Os resultados indicaram que apesar do aumento da produção cientÃfica abordando o tema, em particular a partir de 2001 (69 por centodos artigos publicados), ainda não existe padronização suficiente envolvendo as metodologias aplicadas, o que traz alguma dificuldade para a análise comparativa dos achados. Foi possÃvel observar que em 89,6 por cento dos artigos foram escritos por autores sediados em instituições brasileiras. Em relação ao idioma, 75,9 por cento dos artigos foram publicados em português e 24,1 por cento em inglês. Observou-se que 57,1 por cento dos estudos foram financiados por instituições nacionais. No que diz respeito à localização das etnias avaliadas nos estudos, observou-se uma significativa concentração de estudos nas regiões Centro-Oeste (48,3 por cento) e Norte (44,9 por cento). Notou-se que 24,1 por cento dos artigos avaliaram etnias do Alto Xingu. Estes resultados demonstram que apesar do progressivo aumento do número de publicações, existe pouca diversificação das etnias e da localização das pesquisas. A ampla maioria dos estudos é de natureza transversal (96,6 por cento). Em muitos estudos não foi possÃvel identificar quais foram os procedimentos amostrais utilizados. De fato, tendo em vista que a maioria dos estudos (62 por cento) buscava incluir nas análises a totalidade das crianças nas faixas etárias de interesse, prevaleceu, em geral, o censo. Existiu uma grande diversidade de faixas etárias entre os estudos e em 82,7 por cento dos artigos, para fins de comparação dos resultados, foram utilizadas as curvas do NCHS-1977. Como as faixas utilizadas nos artigos não são correspondentes, esse estudo concluiu ser necessário que os resultados sejam interpretados com cautela. Não obstante isso, foi possÃvel observar que a desnutrição, em algumas comunidades, atinge cerca de 50 por cento das crianças e o sobrepeso infantil também já se faz presente. Por fim, foi ainda possÃvel verificar a ocorrência de um substancial crescimento do número de pesquisas envolvendo a situação nutricional dos povos indÃgenas brasileiros, passando o tema a ocupar lugar de destaque no âmbito da saúde coletiva no Brasil. |
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